Caso Marielle: porteiro confessa que errou ao incriminar Jair Bolsonaro 

O homem que trabalha no condomínio onde Bolsonaro tem casa disse que suposto assassino teria visitado o presidente 

Por Plox

21/11/2019 09h59 - Atualizado há mais de 4 anos

Em novo depoimento à Polícia Federal, o porteiro do condomínio onde o presidente Jair Bolsonaro residia antes de se mudar para Brasília, no Rio, admitiu que errou ao citar o nome “Seu Jair”.

A informação foi dada pelo Jornal Nacional, que teria obtido de uma fonte a afirmação de que o porteiro voltou atrás em depoimento desta terça-feira (19).

No inquérito, consta que, em depoimentos anteriores à Polícia Civil do Rio de Janeiro, o porteiro teria incriminado o presidente Bolsonaro, ao afirmar que um dos acusados pela morte da vereadora Marielle Franco teria ido ao condômino e seguido para a casa dele que, na época, era deputado federal. A visita de Élcio Queiroz ao condomínio teria ocorrido no dia do assassinato da vereadora carioca e de seu motorista Anderson Gomes. O crime ocorreu em 14 de março de 2018. 

bolsonaroFoto: reprodução/vídeo

A incriminação de Bolsonaro, baseada no depoimento anterior do porteiro causou grande repercussão. O presidente Bolsonaro imediatamente reagiu, dizendo ter havido manipulação, com intenção de prejudicá-lo. Ele acusou a Rede Globo de Televisão e disse que em pouco tempo seria “confirmada a farsa”. Bolsonaro acusou até o governador do Rio Wilson Witzel de ter usado a polícia do Estado para incriminá-lo.

Esse novo depoimento, agora na Polícia Federal,  nesta terça,  no qual o porteiro afirmou à Polícia Federal que errou, visa apurar se ele cometeu crimes de obstrução da Justiça, falso testemunho e denunciação caluniosa contra Jair Bolsonaro.

Esse novo inquérito, a cargo da Polícia Federal, segue em sigilo e foi desencadeado por um ofício encaminhado  ao procurador-geral da república, Augusto Aras, pelo ministro da Justiça, Sérgio Moro. O Ministério Público Federal encaminhou o pedido aos agentes federais.
 

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