Ex-CEO do Cruzeiro diz que polícia precisa investigar atuação de ex-dirigentes

Prefeito de Betim, Vittorio Medioli disse que a situação do Cruzeiro é “caso de polícia” 

Por Plox

15/01/2020 07h09 - Atualizado há mais de 4 anos

Em um vídeo ao vivo, no qual respondeu perguntas e conversou com a população, o prefeito de Betim, Vittorio Medioli, ex-CEO do Cruzeiro Esporte Clube, que deixou o cargo por não poder ocupá-lo ao mesmo tempo do mandato de prefeito, fez graves acusações relacionadas às gestões anteriores da Cruzeiro. 
 
Entre as várias acusações, Medioli chegou a dizer que a situação do clube “é um caso de polícia”, que tem que “entrar lá dentro, despoluir e reconstruir” o Cruzeiro. Ele ainda afirmou que “no futebol tem dirigente que vai na ‘gandaia’ junto com atleta” e que estes dirigentes estão “distraídos em ganhar dinheiro com ‘trambique’ lá dentro, que não cuida do atleta, não cuida do clube”. 

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Foto: reprodução/Redes Sociais

 

Além das denúncias de “trambiques”, Medioli também disse que a gestão anterior do Cruzeiro usou o clube como “cabide de empregos”, ocupando quase metade da folha salarial dos funcionários do Cruzeiro com “parentes de conselheiros”.
 
Segundo Medioli, 83 pessoas foram cortadas por ele por serem parentes de conselheiros do clube, com “supersalários”. Ainda segundo Medioli, a folha salarial de R$ 4,5 milhões foi cortada pela metade com a demissão de 100 funcionários realizada pela diretoria.
 
A reportagem do PLOX tentou contato com o ex-vice presidente de futebol do Cruzeiro, Itair Machado, que era um dos dirigentes no período citado por Medioli, mas não conseguiu encontrá-lo para que pudesse comentar as declarações. 

 

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Wagner Pires de Sá e Itair Machado, presidente e vice-presidente de futebol, respectivamente, quando o Cruzeiro entrou em crise. Foto: Vinnicius Silva/Cruzeiro

 

Pessoas próximas a Itair Machado disseram à reportagem que não sabem onde o ex-dirigente se encontra e que não têm mais o número de telefone dele. 
 

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