Usiminas é destaque na bolsa após resultado expressivo

Há uma semana, a Usiminas divulgou seus resultados referentes ao segundo trimestre do ano. Os números superaram as expectativas do mercado

Por Plox

07/08/2021 17h00 - Atualizado há mais de 2 anos

Os resultados recordes conquistados pela Usiminas no primeiro semestre de 2021 têm chamado a atenção dos investidores. A ação da empresa tem ficado entre as mais valorizadas do Ibovespa ao longo da semana e já registram alta de 2,2% em agosto, tendo chegado a R$ 21,39 na quarta-feira (04). O resultado confirma uma tendência verificada ao longo dos últimos meses: em julho, as ações da Usiminas ficaram em quarto lugar no ranking de maior valorização no Ibovespa, com alta acumulada de 7,70%. Desde o início de 2021, os papéis acumulam uma valorização de 44,8%.
 

Há uma semana, a Usiminas divulgou seus resultados referentes ao segundo trimestre do ano. Os números superaram as expectativas do mercado, com crescimento 277% no lucro líquido, que atingiu R$ 4,5 bilhões, e um Ebtida ajustado consolidado de R$5,1 bilhões. “Certamente, são os melhores resultados da Usiminas nesse século”, comemora Sergio Leite, presidente da companhia.

 

O CEO da siderúrgica não esconde o contentamento, porém demonstra estar disposto a ir mais longe. Ele tem declarado que a empresa prepara um plano para manter crescimento pelos próximos dez anos.

 

Sergio Leite, presidente da Usiminas - foto: divulgação


Sobre o bom desempenho da Usiminas, Sergio Leite passa a fórmula: o reaquecimento da atividade econômica, a revalorização das commodities, mas também a preparação e reestruturação que o Grupo Usiminas tem buscado nos últimos meses. “A conjuntura contribuiu, mas fizemos internamente o que tinha de ser feito”, uma das declarações do executivo.

 

Foco no lucro  com olhar no social

 

O grupo Usiminas tem tomado decisões que sugerem um foco em seu core business, mas tem conseguido demonstrar a possibilidade de visar resultados financeiros com um “olhar social”. No fim do ano passado, a companhia informou ao mercado, que o Conselho de Administração aprovou a venda do edifício-sede da companhia, em Belo Horizonte, para a Fundação São Francisco Xavier, braço social de atuação da empresa na área de Saúde e Educação.

 

Sede em Belo Horizonte dará lugar a um hospital - foto: divulgação

 

A instituição tem cinco hospitais sob sua gestão: os hospitais Márcio Cunha I e II de Ipatinga; o Hospital de Cubatão, na Baixada Santista; o Hospital Carlos Chagas, de Itabira, e o Hospital Vital Brazil, de Timóteo. Todos são referência em várias especialidades nas suas regiões de atuação e têm mais de 70% dos seus atendimentos dedicados a pacientes do SUS.
 

No fim de junho, a diretoria da companhia confirmou a venda do imóvel onde funciona o seu Escritório Central na cidade de Ipatinga, em Minas Gerais. A princípio, as informações são de que os compradores pretendem construir no local uma universidade.

Também na área ambiental e na relação com as comunidades onde atua, a empresa tem buscado uma atitude de “caminhar juntos”. Essa postura se manifesta em abordagem mais próxima, tratando questões como despoluição, geração de emprego, reaproveitamento de resíduos, incentivos culturais e outros.  O resultado obtido - não de forma tão “paternalista”, como nos primórdios da siderúrgica - tem se mostrado mais efetivo, numa construção conjunta com essas comunidades.

A atuação de Sergio Leite à frente da companhia evidencia esse foco no lucro com um olhar social. O executivo participa de movimentos em nível macroeconômico, com reuniões em Brasília, por exemplo, e, com o mesmo empenho, acompanha o chão de fábrica e comunidades vizinhas às operações da Usiminas. Ele assumiu a condução do grupo em um momento turbulento, o que poderia até sugerir que seria uma gestão para pouco tempo. Mas esses resultados refletem e ensinam que a superação, quando é fruto de ação, constrói a perenidade.


 

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